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Esses são os hábitos que aumentam o risco do sétimo câncer mais fatal do Brasil

Esse tumor é o sétimo câncer mais letal do Brasil, sendo registrados anualmente, quase 12 mil mortes

Hanna Carvalho
Repórter do EM OFF

Responsável por cerca de 1% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 5% do total de mortes causadas pela doença no Brasil, o câncer de pâncreas é o sétimo câncer mais letal no país. São registradas no país, anualmente, quase 12 mil mortes, segundo o Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Já é sabido que algumas neoplasias possuem fatores de risco modificáveis, como fumar, caso você deixe o hábito, o fator de risco diminui. Já outros, como a idade ou histórico familiar de uma pessoa, não. O câncer de pâncreas possui vários fatores, mas ter um, ou mesmo muitos, não significa que você terá a doença.

Comparativamente, a taxa de sobrevida dessa doença após cinco anos do diagnóstico é inferior a 5% nos casos de doença avançada (metástase). Com diagnóstico precoce, de acordo com o levantamento SEER, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, a taxa de sobrevida em cinco anos salta para 43,9%.

No entanto, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) este tipo de câncer normalmente não leva ao aparecimento de sinais e sintomas nos estágios iniciais. Por isso, muitas vezes, acaba sendo descoberto tarde, o que limita as opções de tratamento. “Infelizmente, o câncer de pâncreas é difícil de diagnosticar precocemente porque os sintomas iniciais podem ser inespecíficos, como dor abdominal, perda de peso e fadiga”, explica o cirurgião oncológico Heber Salvador de Castro Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Conheça abaixo alguns desses fatores de risco conhecidos por aumentar o risco de câncer de pâncreas:

  • Uso do tabaco

    Fumar é um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de pâncreas. O risco de contrair câncer de pâncreas é cerca de duas vezes maior entre as pessoas que fumam em comparação com aquelas que nunca fumaram.

    Acredita-se que cerca de 25% dos cânceres de pâncreas sejam causados ​​pelo tabagismo. Fumar charuto e o uso de produtos de tabaco sem fumaça também aumentam o risco. No entanto, o risco de câncer do pâncreas começa a diminuir quando a pessoa deixa de fumar.
  • Estar acima do peso

    Estar com muito sobrepeso (obesidade) é um fator de risco para câncer de pâncreas. Pessoas obesas (índice de massa corporal [IMC] de 30 ou mais) têm cerca de 20% mais probabilidade de desenvolver câncer de pâncreas. Ganhar peso na idade adulta também pode aumentar o risco. Ter peso extra na cintura pode ser um fator de risco mesmo em pessoas que não estão muito acima do peso.
  • Diabetes

    O câncer de pâncreas é mais comum em pessoas com diabetes. A razão para isso é desconhecida. A maior parte do risco é encontrada em pessoas com diabetes tipo 2, que em adultos, está frequentemente relacionado ao excesso de peso ou à obesidade. Não está claro se as pessoas com diabetes tipo 1 (juvenil) apresentam maior risco.
  • Pancreatite crônica

    A pancreatite crônica, uma inflamação prolongada do pâncreas, está associada a um risco aumentado de câncer de pâncreas. A pancreatite crônica é frequentemente observada com uso excessivo de álcool e tabagismo.
  • Exposição no local de trabalho a certos produtos químicos

    A forte exposição no trabalho a certos produtos químicos usados ​​nas indústrias de lavagem a seco e metalurgia pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.

Fatores de risco que não podem ser alterados

  • Idade

    O risco de desenvolver câncer de pâncreas aumenta à medida que as pessoas envelhecem. Quase todos os pacientes têm mais de 45 anos. Cerca de dois terços têm pelo menos 65 anos. A idade média no momento do diagnóstico é de 70 anos.
  • Sexo

    Os homens têm uma probabilidade ligeiramente maior de desenvolver câncer do pâncreas do que as mulheres. Isto pode dever-se, pelo menos em parte, ao maior consumo de tabaco entre os homens, o que aumenta o risco da doença.
  • Histórico familiar

    O câncer de pâncreas parece ocorrer em algumas famílias. Em algumas destas famílias, o alto risco é devido a uma síndrome hereditária. Em outras famílias, o gene que causa o risco aumentado não é conhecido. Embora o histórico familiar seja um fator de risco, a maioria das pessoas que contrai câncer de pâncreas não tem histórico familiar.
  • Síndromes genéticas herdadas

    Alterações genéticas herdadas (mutações) podem ser transmitidas de pai para filho. Essas alterações genéticas podem causar até 10% dos cânceres de pâncreas. Às vezes, essas alterações resultam em síndromes que incluem riscos aumentados de outros tipos de câncer (ou outros problemas de saúde).
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