APONTOU ESTUDO

Quer evitar a morte precoce? Caminhe essa quantidade de passos por dia

A análise é a primeira a indicar porcentagens de redução do risco de morte a partir da caminhada, única e exclusivamente

Hanna Carvalho
Repórter do EM OFF

Um estudo realizado pela Universidade de Sidney, na Austrália, mostrou que cada passo que uma pessoa sedentária dá pode reduzir o seu risco de morte. A pesquisa foi divulgada no British Journal of Sports Medicine e apontou apontou que independente de quanto tempo alguém passa sentado, cada passo adicional até chegar a 10 mil ao dia reduz o risco de morte e doenças cardiovasculares graves.

A análise é a primeira a indicar porcentagens de redução do risco de morte a partir da caminhada, única e exclusivamente. Para realizar o estudo, foi preciso de 72.174 voluntários que tiveram sua caminhada diária monitorada usando uma pulseira eletrônica por sete dias e depois tiveram os dados comparados com seus históricos de saúde.

Qual a quantidade de passos ideal?

Segundo os responsáveis pelo estudo, a quantidade de passos ideal a andar por dia para neutralizar o elevado tempo sedentário (acima de 10 horas diárias) era entre 9 a 10 mil passos ao dia. Os voluntários que se encaixaram nesses parâmetros conseguiram reduzir o risco de morte por qualquer causa em 39% e a chance de ocorrência de doença cardíaca grave em 21% ao se exercitar.

A quantidade de passos diários acima dos 2,2 mil já bastou para reduzir em partes o risco de mortalidade até chegar ao número ideal de aproveitamento, perto dos 9 mil. Para conseguir metade do benefício (cerca de 20% menos risco de morte e 10% de chance de ter doenças cardíacas), os pesquisadores descobriram que eram necessários de 4 a 4,5 mil passos ao dia.

“Esses resultados mostram que as pessoas podem e devem tentar compensar as consequências para a saúde do inevitável tempo que passam paradas, trabalhando sentadas, por exemplo, e que isso pode ser feito aumentando a sua contagem diária de passos”, indica o cardiologista Matthew Ahmadi, autor principal do estudo, em entrevista ao site da Universidade de Sidney.

Mais detalhes do estudo

Para realizar os cálculos, as pulseiras inteligentes ajudaram os pesquisadores a mensurar o tempo em que as pessoas se movimentaram ou ficaram paradas. A média diária dos participantes foi de 6,2 mil passos. O grupo com menor quantidade de passos, 2,2 mil, e o tempo médio sedentário de 10h foi tomado como referência para a pesquisa.

Todos que ficaram parados acima disso foram considerados altamente sedentários. Nos sete anos seguintes à pesquisa, ocorreram 1,6 mil mortes e 6,1 mil participantes descobriram que tinham novas doenças cardíacas.

Atividade física reduz o risco de AVC

Um outro estudo publicado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, indicou que o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) também diminui quando colocamos o corpo em movimento.

Uma revisão de mais de 3 mil artigos publicados sobre o tema feita por pesquisadores da Universidade de L’Aquila, na Itália, indicou que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 150 minutos de atividade moderada por semana, levou a uma queda no risco de AVC entre 18% a 29% ao comparar com dados de pessoas sedentárias.