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Mãe de Paulo Gustavo reage à condenação de pastor que desejou morte do ator por homofobia

'Rezo para que ele viva bastante para se arrepender dos seus pecados', disparou a matriarca

Fábia Oliveira
Colunista do EM OFF

Déa Lúcia Amaral, mãe de Paulo Gustavo, fez uma publicação em seu Instagram em que ela reage a informação sobre a condenação do pastor José Olímpio pelo crime de homofobia contra seu filho.

Em abril do ano passado, um mês antes da partida precoce de Paulo Gustavo, o religioso afirmou ‘estar orando pela morte do humorista’, que lutava contra complicações causadas pela Covid-19.

“Ele orou pela morte do meu filho e eu rezo para que ele viva bastante para se arrepender dos seus pecados”, escreveu a matriarca ao compartilhar trechos de uma reportagem sobre a condenação de Olímpio. Alguns famosos, como Regina Casé, demonstraram apoio à dona Déa.

“Minha amiga tão querida… Que o amor de sua filha, seus netos, amigos e amores seja um escudo para toda essa maldade! Para você todo meu carinho e amor!”, afirmou Casé. Ingrid Guimarães também deixou seu comentário: “Bem feito. A justiça divina é a que importa. Te amo, Déa”, disse a atriz.

Segundo o portal Metrópoles, a condenação do pastor José Olímpio pelo crime de homofobia contra Paulo Gustavo veio do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), nesta quarta-feira (27).

“O pastor José Olímpio prestará serviço à comunidade pelo tempo da pena, durante seis horas semanais e pagará 30 salários-mínimos, que serão revertidos para grupo ou organização não governamental de Alagoas com atuação em favor da comunidade LBGTQIA+”, explicou o comunicado oficial.

Após a repercussão de sua fala, o pastor José Olímpio voltou atrás, se desculpou, apagou o post de suas redes sociais e entregou seu cargo de deputado federal. Ele foi denunciado por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional — racismo.

“No caso em apreço, diante das evidências existentes nos autos, da foto escolhida para a postagem e do reconhecimento nacional do qual gozava o ator, inclusive por seu engajamento na pauta da comunidade LGBQTIA+, o tom discriminatório é cristalino, motivo pelo qual resta demonstrada que a conduta preconceituosa foi feita em virtude da orientação sexual do senhor Paulo Gustavo”, diz um trecho da decisão que condenou o pastor.

O político teve a pena de reclusão de 2 anos e 9 meses de prisão convertida em prestação de serviços comunitários. Mas ainda há a possibilidade de José Olímpio recorrer da condenação.