ExclusivoProcesso envolvendo suposta agressão a Henri Castelli ganha novo capítulo

Ator afirmou ter sido agredido por dois rapazes em um evento em Alagoas, em dezembro de 2020

Fábia Oliveira
Colunista do EM OFF

O caso envolvendo a agressão sofrida por Henri Castelli, em dezembro de 2020, ganhou um novo capítulo mas ainda está longe de chegar ao fim. O ator acionou a Justiça contra Bernardo Malta de Amorim e Guilherme Accioly Lopes Ferreira após os dois supostamente se juntarem e darem diversos socos e chutes contra o ator em um restaurante em Barra de São Miguel, em Alagoas. A situação teria ocasionado uma fratura na mandíbula do artista.

Após um longo processo, foi designada uma audiência de instrução e julgamento para o dia 15 de setembro dete ano, no entanto, a proposta de conciliação não teve resultado. Bernardo Malta apresentou ao juízo uma contradita, ou seja, uma impugnação em relação às testemunhas do caso Eduardo José Falesi do Nascimento, Marcos Henrique de Oliveira Senra, Kátia Carine Volpe Albertin e Gustavo de Almeida Lins. A alegação foi de que os três teriam uma relação de amizade íntima com Henri Castelli, razão pela qual seriam suspeitas para prestar o depoimento.

Como foi mencionado em juízo que ainda existem danos estéticos no ator até hoje, entendeu-se pela necessidade de produção de prova técnica consistente na perícia odontológica e bucomaxilofacial. O perito nomeado foi Basílio de Almeida Milani, que foi intimado para estimar seus honorários. Com isso, as partes poderão apresentar seus questionamentos para serem respondidos pelo profissional de forma adicional.

Foram formuladas as seguintes perguntas: “O autor ainda tem sequelas decorrentes do evento descrito na Inicial? Se sim, especifique as sequelas e esclareça se as mesmas serão permanentes”; “Indicar quais são os tratamentos possíveis para a supressão das sequelas; “O autor sofreu, de fato, algum dano estético?”; “Houve alteração definitiva da face?”; “Caso tenha havido alteração, ela poderá ser revertida?” e “Quais são os tratamentos indicados para essa finalidade?”.

Entenda como tudo aconteceu!

De acordo com o processo, durante sua estadia em Maceió, Henri Castelli foi convidado para ir a estabelecimentos a fim de promover eventos. O ator só aceitava os convites caso os locais estivessem funcionando conforme as observações recomendadas pelas Autoridades Sanitárias, devido a pandemia do Coronavírus, que já era uma realidade na época.

No dia 29 de dezembro de 2020, a convite de amigos, Henri foi ao ‘Café de La Musique’. Em seguida, ele foi ao Marina do Zezeco, na Barra de São Miguel, para jantar no Restaurante ‘Fellini’. Quando chegou ao local, antes de se acomodar para a refeição, o artista se posicionou em frente a uma cabine de DJ, o que inclusive foi visto por testemunhas.

No entanto, de forma repentina e injustificada, Bernardo Malta de Amorim e Guilherme Accioly Lopes Ferreira se juntaram e passaram a agredir Henri Castelli, com socos e chutes. O ator chegou a cair no chão, mas os dois seguiram com os golpes mesmo com ele sem poder resistir ou se defender. Tudo isso sem o artista sequer conhecer os rapazes.

Com as agressões, Henri Castelli foi vítima de múltiplas lesões em seu corpo, com destaque para a região da face, onde sofreu um Trauma de Face, com fratura na mandíbula. Foi necessário um procedimento cirúrgico provisório em virtude da gravidade da lesão, que era exposta, conforme o exame de imagem que consta nos autos do processo. Um dos médicos chegou a dizer que se tratava de uma lesão extremamente rara, ainda mais com aquela extensão.

Após a constatação da gravidade da situação, Henri retornou para São Paulo, onde foi internado no Hospital Albert Einstein e, sob a supervisão de um médico, realizou um procedimento cirúrgico para a fixação da mandíbula, envolvendo placas e parafusos. O ator precisou ainda se submeter à uma drenagem linfática, convivendo com a perda da sensibilidade da região mandibular direita até hoje, que pode ser irreversível.

Durante o tratamento médico, Henri Castelli foi impedido de realizar qualquer tarefa que demandasse esforço físico, inclusive trabalhar. Como o caso aconteceu em meio à pandemia, o artista realizou todos os procedimentos médicos durante o período de isolamento, sem poder contar com o apoio de sua família.

Após todo o acontecimento, Henri entrou com um processo, pedindo o pagamento de indenização por danos estéticos no valor de R$ 100 mil. Pelos danos morais foi solicitado um valor não inferior a R$ 300 mil. Foi pedida, ainda, a condenação dos réus ao pagamento dos lucros cessantes (aquilo que se deixou de lucrar) no valor de R$ 12 mil. À causa foi dado o valor total de R$ 412 mil.

Na ação, Bernardo Malta de Amorim se defendeu afirmando que nunca agrediu o ator ou qualquer outra pessoa. Segundo ele, Henri teria feito tudo que estava ao seu alcance para inverter os fatos e a situação que verdadeiramente ocorreu, para manchar a sua imagem. Ainda de acordo com ele, Henri estaria tentando induzir o juízo a erro. Isso porque o artista teria dito que sofreu lesões graves, o que o impossibilitava de exercer suas atividades por semanas. No entanto, no dia que sucedeu os supostos fotos, o próprio ator teria publicado vídeos em que aparecia em um restaurante curtindo uma partida de futebol em clima de festa e comemoração.

Ainda segundo a defesa de Bernardo, em relação ao primeiro atendimento do autor na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, foi afirmado que o estado geral do ator era bom, havendo uma simples fratura na região mandibular. O procedimento cirúrgico só foi recomendado para redução e fixação da fratura, tendo Henri optado por realizar o procedimento em São Paulo.

Guilherme Accioly Lopes Ferreira também apresentou sua contestação no caso e afirmou que os dados alegados por Henri Castelli seriam questionáveis. Ele contou ainda ter agido em legítima defesa. Henri teria começado uma briga com Bernardo, trocando gestos obscenos e ataques verbais. Alterado, o ator teria partido para cima de outro réu. Para evitar que a situação aumentasse de proporção, Guilherme teria decidido intervir na situação, para apartar a briga.

O rapaz teria, inclusive, sido acertado por um soco no momento em que Henri tentava golpear Bernardo. O fato teria ocasionado um derrame, constatado em um laudo. Guilherme chegou a contra-atacar na ação, entrando com uma peça de Reconvenção na qual tenta que o ator é quem seja condenado a pagar uma indenização por danos morais.

Leia também: