briga judicial

Cauã Reymond processa ex-contratante após ser convocado em CPI; entenda

Na Justiça, o ator pede que a Atlas seja impedida de usar todo e qualquer conteúdo publicitário que o envolva

Gabriel Sorrentino
Colunista do EM OFF

A campanha publicitária estrelada por Cauã Reymond para a empresa Atlas, de criptomoedas, ainda está rendendo muita dor de cabeça ao ator. Agora, a instituição, que está sendo investigada por aplicar golpes bilionários que lesaram mais de 200 mil investidores, está sendo processada pelo artista. Isso se deve, principalmente, pelo fato de Cauã Reymond ter sido convocado a depor na CPI das Pirâmides Financeiras. Segundo a colunista Fábia Oliveira, que o ator moveu uma ‘ação de procedimento comum’ contra a empresa.

Segundo a publicação feita pela jornalista, no processo, Cauã Reymond pede que a Atlas seja impedida de usar todo e qualquer conteúdo publicitário que envolva o ator. O material foi produzido há alguns anos, contudo, continua sendo utilizado pela instituição. Isso, aliás, mesmo após toda a confusão na Justiça envolvendo as investigações de golpe. O astro de Terra e Paixão ainda pediu indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.

Cauã Reymond e Tatá Werneck

Ainda no texto do processo, Cauã Reymond afirmou que, quando fechou o contrato com a empresa, a Atlas era bem vista em sua área de atuação, que envolve criptomoedas. Na campanha, o artista cedeu voz e imagem, junto de Tatá Werneck, para publicidade da empresa. Contudo, a veiculação do material estava restrito a prazos e condições. Segundo Fábia Oliveira, na ação, Cauã reitera que o próprio contrato defende que, se for provado que a campanha é incorreta, antiética, ou que o produto fornecido é questionável, os contratados poderiam agir legalmente.

Portanto, Cauã Reymond alega que nem ele e nem Tatá Werneck teriam qualquer responsabilidade sobre o conteúdo da campanha. À Justiça, o ator disse que sua imagem foi extremamente abalada após ter sido convocado para depor na CPI. A situação ainda ficou pior quando o ex-marido de Grazi Massafera descobriu que os materiais publicitários ainda estavam sendo usados — sem a sua autorização. Apesar de ter tentado inúmeras vezes desvincular sua imagem à empresa, Cauã não teve sucesso.

Habeas Corpus

Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu um habeas corpus ao atores Tatá Werneck e Cauã Reymond. Sendo assim, os dois não precisaram prestar depoimentos na CPI das Pirâmides Financeiras. A convocação dos artistas aconteceu no início do mês. Portanto, a decisão do ministro André Mendonça declarou que, caso tivessem interesse, Tatá e Cauã poderiam comparecer para prestar esclarecimentos sobre a propaganda que fizeram para a empresa Atlas. Porém, também estavam liberados para ficarem em silêncio durante as perguntas.

Na votação que ocorreu no dia 8 de agosto, os ministros votaram pela convocação de Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice, suspeitos ligados à empresa. Além de Cauã Reymond e Tatá Werneck, outro famoso que também foi chamado para prestar esclarecimentos foi o apresentador Marcelo Tas. Na época, o ex-CQC alegou que apesar da publicidade feita, ele também levou um prejuízo de R$800 mil reais.