Marcos Mion participou do Podcast ‘Santa Correria’, do apresentador João Branco, e abriu o jogo sobre como chegou à TV Globo. O apresentador relembrou as negativas que recebeu da emissora e afirmou que sua fé foi trabalhada a todo momento, junto com sua resiliência. “Eu ouvi da direção que não tinham espaço pra mim, que era pra eu aceitar outras propostas”, inicia Mion, que adianta o que o colocou dentro da TV Globo: um ato de humildade.
“Eu ouvi esse não e pensei: eu não vou aceitar. Passaram os dias, e uma das coisas que me colocaram dentro da Globo foi um ato de humildade, que é muito difícil de ter. Eu estava vindo de um sucesso gigantesco que foi ‘A Fazenda’, que eu apresentei, que foi a edição com a Jojo Toddynho. Explodiu a audiência, foi a maior da década na Record. Pelo que está registrado, faturamento comercial inacreditável. Chegava na liderança muitos minutos, foi um fenômeno muito grande, estava no topo do jogo”, relembra Mion.
No entanto, não foi do dia para a noiteque tudo aconteceu. Foi um longo processo de aproximadamente dez meses. “Quando chegou essa história da Globo, teve também a minha demissão. Do nada a Record me demitiu, até hoje eu não sei o por quê. Mas, isso aconteceu. E aí eu comecei a ter um total de incerteza. Mas hoje eu entendo que foi Deus agindo”.
“Se eu não tivesse sido demitido, eu nunca teria saído de lá. Porque você é refém do salário, do dinheiro, você tem família, filhos. Eu já dentro de mim queria muito, mas não eu não tinha coragem. Era a coisa que eu mais queria na vida, mas eu não tinha coragem”, assume o apresentador Marcos Mion.
Pego de surpresa
“Do momento que eu fui demitido até eu entrar na Globo, foram praticamente 10 meses de total incerteza. Onde eu tive que sentar para fazer conta, pra vê quanto tempo eu ia ter para segurar toda estrutura que eu tenho, que não é pequena”, relembra Mion, que com pensamento pé no chão, frisa o fato de que não teria mais uma renda fixa entrando. “Obviamente você tem que parar e fazer um planejamento”, disse.
Então, Marcos Mion relembra aos risos a fase onde começaram a surgir os burburinhos de sua transição para a TV Globo. “Quando rolou essa história maluca do Luciano Huck sair para virar presidente, aí o pessoal começou ‘o Mion que vai vir’. Aí depois o Fausto saiu e voltaram com o ‘Mion que vai vir domingo’. Aí o Tiago que saiu, e dessa ‘é o Mion no BBB’. Pra mim, era puro pânico. Os jornalistas falavam, a imprensa falava, eu tive um carinho inacreditável da galera das redes sociais. Todo mundo ia no meu instgaram, marcavam o Boninho”, relembra ele, que afirma ser muito grato por toda torcida.
“Mas, isso começou a me afundar, porque eu não tinha nada. Os meses passando e eu não tinha noção do meu futuro e toda essa movimentação começou a me dar uma ansiedade muito grande. Não tinha mais nada humanamente possível que eu poderia fazer para esse sonho se realizar”, desabafou.
Mion no Grupo Globo
Mion conta que nesse momento de ansiedade a mil, ele decidiu parar de criar todas essas expectativas. E mirou nos programas que ele poderia assumir, mesmo que não tivesse a mesma repercussão das atrações da TV aberta. “Liguei para minha empresária e peguntei como estava o contato dela no Multishow. Eu falei, pra ela: vamos. Liga, vê se eles me aceitam, se eles têm o interesse”, disse Mion.
“Em três dias eu estava no grupo Globo. E aí, estando dentro ninguém mais poderia me dar aquela desculpa ‘com tantos talentos na casa, não tem por que trazer alguém de fora'”, relembrou o apresentador, que fez questão de deixar Boninho ciente de que era o mais novo contratado do grupo Globo. Sem mirar em grandes produções, Mion vestiu a camisa da resiliência e em pouco tempo recebeu uma ligação do diretor Ricardo Waddington com uma proposta.
“A gente tem três meses de Caldeirão no sábado, sem apresentador, porque nossa nova ideia de sábado só começa ano que vem”, revela Marcos Mion, assumindo que entrou para tapar um buraco na TV Globo e hoje celebra o êxito de seu trabalho na emissora que sempre sonhou em trabalhar.