Defensor ferrenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos embates realizados diariamente na Jovem Pan News, o ex-BBB Adrilles Jorge comunicou à direção da emissora que está de saída. O integrante do programa “Morning Show”, que já se envolveu em uma série de polêmicas diante às câmeras, confirmou ao canal que será candidato nas eleições de outubro.
A informação foi divulgada pelo colunista Flávio Ricco, do portal R7. Ainda não há informação sobre qual é o cargo político pretendido pelo comentarista de política de 47 anos. Recentemente, Adilles chegou a ser demitido da Jovem Pan depois de fazer um gesto considerado nazista por vários grupos judaicos, laicos e telespectadores no encerramento do programa “Opinião”.
O caso aconteceu no dia 8 de fevereiro. Na atração comandada por William Travassos, o assunto era a declaração pró-nazismo feita por Bruno Aiub, o Monark, no podcast “Flow”. Após um debate acalorado sobre o tema, Adrilles fez um aceno com a mão, com a palma voltada para frente. O gesto foi considerado uma forma de apologia ao nazismo.
O afastamento do ex-BBB e escritor, no entanto, não durou muito. Ele acabou recontratado e voltou à Jovem Pan News em 28 de março. De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, no entanto, a demissão não passou de encenação. Durante os 40 dias longe das câmeras, Adrilles seguiu recebendo pagamento e continuou a frequentar as dependências da emissora.
Até a manhã desta quinta-feira (23), Adrilles Jorge não se pronunciou sobre sua intenção política. A última publicação dele no Twitter é de terça (21), comentando o caso da menina de 11 anos estuprada que teve um aborto negado. “Um abuso é uma monstruosidade . Um aborto de um feto de 6 meses tb é uma monstruosidade. O mais sensato a se fazer no caso da menina estuprada seria antecipar o nascimento do bebê e entregá-lo à adoção”.