Mais provas!

Gerente de balada na Espanha afirma que Daniel Alves viu vítima chorando

O jogador está preso desde sexta depois de ser acusado de abuso sexual

Beatriz Aguiar
Repórter do EM OFF

E o caso Daniel Alves vem ganhando novos capítulos. Desta vez, Robert Massanet, o gerente da boate Sutton, em Barcelona, afirmou em depoimento que o jogador chegou a ver a suposta vítima de estupro chorando. De acordo com os relatos, o atleta se dirigia à saída da casa noturna, acompanhado de seus amigos, quando passou pelo responsável do estabelecimento, que tentava confortar a jovem em prantos, na noite de 30 de dezembro de 2022.

As informações sobre o depoimento do gerente foram obtidas através do jornal catalão “La Vanguardia”. Segundo o veículo, após passar ao menos 16 minutos presa no banheiro da boate junto com Daniel, a suposta vítima de agressão sexual chamou sua prima, que a acompanhava, para sair imediatamente do local. Outras duas amigas da jovem, que também estavam na casa noturna, já haviam ido embora por conta do jogador.

Ao se direcionarem a saída, as jovens esbarraram com o segurança da casa, que estranhou encontrar uma delas chorando. Devido a isso, ele a abordou e pediu que explicasse o que estaria acontecendo. De acordo com o depoimento, o protocolo em casos de violência contra mulheres foi acionado e as meninas foram levadas para uma área reservada da boate. Neste momento, Daniel teria passado por eles em direção a saída. “Não tive conforto. Mas perguntei a ela: ‘O que aconteceu com você? Diga-me o que aconteceu com você! Você tem que se acalmar. Mas fiquei muito impressionado”, informou o gerente.

Além do depoimento de Robert, uma câmera acoplada no uniforme de uma policial gravou o momento em que a jovem estaria aos prantos. A jovem seguiu bastante abalada quando os agentes chegaram à casa noturna para receber o primeiro depoimento da vítima. Segundo informações, ela informou que se sentia “envergonhada” e “culpada” por ter aceitado entrar em um espaço reservado, onde o jogador se encontrava.

Segundo o depoimento da jovem, Daniel teria feito um sinal para que ela se aproximasse de uma porta. Para ela, o local seria uma outra área VIP da boate. No entanto, ao adentrar o local, o jogador teria fechado e trancado o espaço. “Eu disse a ele que queria ir embora e ele respondeu que não podia sair de lá. Ele me agarrou pela nuca, não sei se também pelos cabelos e me jogou no chão, machuquei o joelho”, relatou a mulher de 23 anos.

Daniel Alves, que jogava pelo Club Universidade Nacional (Pumas), do México, teve seu contrato rescindido após o pedido de prisão. O atleta se apresentou voluntariamente à delegacia, na última sexta-feira (20) e já saiu de lá em uma viatura. Os órgãos oficiais, no entanto, ainda não informaram o motivo pelo qual ele foi detido durante o depoimento. O jogador pode ficar preso por dois anos aguardando julgamento.