O criador de conteúdo infantil, Ronaldo de Souza, também conhecido como Gato Galactico, está dando o que falar nas redes sociais. O influenciador gerou controvérsia e foi acusado de fazer propaganda nazista ao compartilhar uma foto em que aparece bebendo leite não pasteurizado, seguido de uma legenda que pedia descriminalização da venda de “leite cru”.
O ato, que aos olhos do grande público pode parecer inofensiva, foi duramente criticado pelos internautas, uma vez que o ato de beber leite e usar roupas verdes são gestos associados a movimentos neonazistas e de supremacia branca pelo mundo todo. O influenciador também foi acusado de usar, propositalmente, o mesmo penteado de Hitler no registro fotográfico.
De acordo com o jornalista Clayson Felizola, o ato se tratou de um “apito de cachorro” (ou “dog whistle” em inglês), que é um termo utilizado para se referir a mensagens ou discursos racistas, xenofóbicas ou discriminatórias em forma de código. No caso do gato Galactico, o código teria sido o copo de leite e a peça de roupa verde.
“Acabo de receber isso de um amigo. Esse homem de 34 anos está com apito de cachorro para supremacistas. Veio defender Gato Galactico aqui? Você é PIOR ou, no mínimo, igual. Quem usa este apito de cachorro na gringa é neonazista”, escreveu o jornalista por meio de seu perfil oficial do X, antigo Twitter.
Felipe Neto também usou suas redes sociais para reagir sobre o assunto. “O cara postou foto bebendo leite e usando camisa verde (procure saber a relação disso com movimentos de supremacia branca). E bateu continência para um sujeito que disse que ele é ‘SALVADOR DA RAÇA’. Não dá pra ficar mais claro que isso”, publicou o influenciador.
Diante da grande repercussão de suas publicações, Ronaldo de Souza veio a público e negou apoiar grupos supremacistas ou neonazistas. “Ontem, fui alvo de críticas por beber leite cru e supostamente fazer associações a mensagens de supremacia. Isso é uma mentira absurda. Abomino o nazismo e todas as formas de autoritarismo e violência. Não tenho envolvimento com grupos supremacistas, tampouco neo-nazistas”, declarou.