Se deu mal

Luisa Mell é condenada após ‘sequestrar’ cachorro com câncer

Influenciadora e ativista invadiu um imóvel em São Paulo para "resgatar" animal em 2016

Danilo Reenlsober
Repórter do EM OFF

A influenciadora Luisa Mell, ativista pelos direitos dos animais, sofreu uma nova derrota na Justiça. Ela foi condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a pagar uma indenização após invadir uma uma casa na zona sul de São Paulo e “resgatar” quatro cachorros, sem autorização. A denúncia era que os animais eram vítimas de maus-tratos, mas isso não era verdade.

De acordo com o processo, no entanto, uma das cadelas “sequestradas” por Luisa Mell, que supostamente era vítima de maus-tratos, estava magra porque, na verdade, tinha câncer. A desembargadora Marcia Monassi, da 6ª Câmara de Direito Privado do TJSP, ordenou que a ativista remova todas as publicações do caso nas redes sociais.

Além disso, a magistrada determinou que Luisa Mell pague uma indenização de R$ 20 mil pela invasão sem autorização ao imóvel. Inicialmente, a ativista e o Instituto Luisa Mell haviam sido condenados, em primeira instância, a pagar R$ 60 mil de indenização. No entanto, a desembargadora reduziu o valor da multa em julgamento realizado em 14 de setembro.

Animais eram bem cuidados

Ainda segundo Marcia Monassi, Luisa Mell não tinha autorização para invadir o imóvel, uma vez que a cadela em questão recebia os devidos cuidados da tutora. “Restou demonstrado que (a cadela) recebia cuidados de sua tutora, consoante documentos coligidos aos autos, tais como: carteira de vacinação, atestado de cirurgia, prescrição médica e exames realizados”.

No processo, porém, Luisa Mell se defendeu alegando que entrou na casa por “necessidade de urgente socorro”, uma vez que havia se deparado com uma cadela “extremamente desnutrida, caquética, esvaindo-se da vida, apática, de provocar a compaixão mesmo daqueles que não nutrem afetos por animais”. Segundo o Metrópole, o caso ocorreu em 2016, quando Luisa Mell usou um chaveiro para entrar na casa.

Após o “resgate”, a ativista levou os animais a uma clínica veterinária. Lá, porém, foi constatado que a cadela, uma dobermann, tinha câncer em estado avançado. “Por isso, justifica-se a aparência de uma cadela fraca e magra”, escreveu a desembargadora na decisão. “Da mesma forma, outros documentos comprovam que as demais cadelas recebiam o devido cuidado pela sua tutora”.

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