A treta entre Marcelo Adnet e Mario Frias, iniciada em 2020, quando o ator chamou o humorista de “crápula” e “Judas”, ganhou mais um capítulo. Na Justiça, o político acabou levando a pior e, além de sair derrotado, terá que desembolsar uma verdadeira bolada ao contratado da Rede Globo por danos morais.
Em um trecho da sentença, o juiz Marco Antonio Novaes de Abreu revelou a decisão. “Condeno ainda a parte ré ao pagamento de indenização por danos morais ao requerente na quantia de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), corrigida monetariamente pela UFIR a contar da presente data, acrescida de juros de mora de 1% ao mês a contar da citação”.
De acordo com o magistrado, ficou clara a intenção de Mario Frias em desmoralizar Marcelo Adnet. “Não se limitando a tecer comentários, mesmo que negativos, sobre o vídeo por ele produzido, o que se comprova pela utilização de fatos de natureza meramente pessoal, que não possuem qualquer relação com o trabalho realizado pelo autor”, continuou.
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Em entrevista, o advogado de Marcelo Adnet destacou a vitória de seu cliente sobre Mario Frias. “A sentença é primorosa. A liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal não pode servir para atacar, ameaçar e ofender ninguém, sob pena de violar outro princípio constitucional, que protege a dignidade da pessoa humana”, iniciou Ricardo Brajterman em conversa com o UOL.
Por fim, o representante do contratado da emissora dos Marinho se disse surpreso com a atitude de um homem que ocupa um cargo tão importante. “É espantoso que um representante da Cultura desça a tão baixo nível, se distanciando do que a nobreza dos livros e das artes em geral se propõe”, concluiu o advogado.
RELEMBRE O OCORRIDO
Revoltado com Marcelo Adnet por conta de uma paródia, Mario Frias não poupou palavras para esculachar o humorista. “Agindo como se fosse um ser do bem. Mas, na verdade, não passa de uma criatura imunda, cujo adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula. Um Judas que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter”, disparou o político na época.