O ator Marcius Melhem concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Ricardo Feltrin nessa quarta-feira (12), onde expôs sua versão na acusação de assédio que enfrenta de algumas atrizes da Rede Globo. A briga judicial entre o ex-chefe de humor do canal dos Marinho e famosas, como a humorista Dani Calabresa, já dura mais de três anos.
Em determinado momento da entrevista, Melhem foi às lágrimas ao relembrar ter recebido apoio de amigos íntimos e ainda detalhou ameaças de morte que sofreu de desconhecidos desde que a polêmica foi instaurada: “Nessa hora é que você vem quem são e quem chega junto. Pessoas que eu não tinha nem a menor intimidade, atores que trabalhavam comigo no departamento e se aproximaram de um jeito, se arriscando, carinhoso!”, contou.
Ao citar amigos do colégio e faculdade que também saíram em sua defesa, Melhem foi às lágrimas. Nesse momento, o jornalista Ricardo Feltrin afirmou que hoje, após três anos da acusação de assédio, Marcius pode circular tranquilamente pelas ruas e o ator narrou as ameaças que já sofreu: “Quando saiu na Piauí (matéria denunciativa) eu tive que sair do país e tirar minha família”, declarou ele.
“’Porque eu tinha ameaças de morte de gente que sabia meu endereço. Gente que sabia meu endereço, que escreveu assim: ‘eu não estou mais em Copacabana’, pô o cara sabe que eu moro em Copacabana. ‘Pena que eu não trabalho mais em Copacabana, mas quando eu estiver por lá a gente vai acertar as contas!. Pô, não dá!’”.
Ao falar sobre como a repercussão do caso afetou suas duas filhas, Marcius Melhem voltou a cair no choro: “Quando essa história começou elas tinham 10 anos, conseguia blindar ela disso tudo. Elas vão fazer 14 mês que vem (…) A adolescência é uma fase muito cruel, as coleguinhas falavam coisas terríveis. Elas ouviram coisas horríveis na escola”, relembrou.
Marcius Melhem seguiu seu desabafo avaliando como “desumano” as críticas que recebeu do público: “Todo mundo tem o direito, eu não quero julgar a dor de ninguém, nem como cada um se sente, isso aí faz parte! Mas o que eu acho é que até em uma guerra aonde as pessoas vão lá para matar outras pessoas, existe uma regra de humanidade. O que fizeram comigo foi desumano, o que fizeram com a minha família foi desumano”.