Banido das principais redes sociais por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark, falou que se sente um “perseguido político” e que não consegue monetizar seu conteúdo. Atualmente ele vive na Flórida (EUA) e comanda o “Monark Talks”, podcast na plataforma Rumble.
“Tô fudido, não consigo monetizar, tá tudo ruim pra mim”, disse Monark, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Na conversa, o ex-integrante do “Flow Podcast” disse que tem medo de ser preso ao voltar para o Brasil, criticou Alexandre de Moraes e disse não concordar com a regulação das mídias digitais, mesmo após casos envolvendo mortes, como do perfil “Choquei”.
Segundo ele, espaço virtual deve ser livre. “Deixa a própria sociedade se regular, não precisamos de um Estado para isso”, disse o podcaster, afirmando que as redes sociais devem ser um lugar “onde as pessoas possam debater as narrativas umas das outras”, mesmo que elas sejam propositalmente enganosas. “Não preciso de lei para me defender, por mim deixava a galera falando o que quiser na internet”, disse.
Sobre Alexandre de Moraes, chamou o ministro de “imperador” e “ditador”. “[Ele] simplesmente pune você antes de ser julgado”, disse Monark, ressaltando que Moraes atua como “apurador, investigador, promotor, julgador, tudo”. Em seguida, defende Jair Bolsonaro, mesmo dizendo não sentir simpatia por ele. “Nunca o vi [Bolsonaro] rasgando a Constituição como Moraes tem feito”.
Ele encerrou afirmando que não se arrepende do que disse no Flow [que os nazistas deveriam ter um partido próprio], mas que se tivesse uma varinha mágica, desejaria que não tivesse acontecido. “[Se retirar] foi uma escolha necessária para salvar a empresa”, analisou Monark.
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