Durante a noite dessa terça-feira (11), o ator Reynaldo Gianecchini foi o convidado da vez do “PodDelas”, um podcast apresentado por Boo Unzueta e Tata Estaniecki. O artista, logo no início da entrevista, falou sobre o musical “Priscilla, Rainha do Deserto”, que estreou recentemente no teatro em São Paulo. No espetáculo, o galã interpreta a drag queen Mitzi/Tick, e foi exatamente sobre essa personagem que o convidado do podcast falou.
Reynaldo Gianecchini revelou que começou a ser criticado pelo musical antes mesmo da estreia do espetáculo. Ao ser questionado a respeito do lugar de onde vêm as críticas, o ator contou que elas chegam de todos os lados. Além de ser atacado por homofóbicos, que logo afirmaram que preferiam quando ele “era galã”, não interpretava nenhum gay e “não dava pinta”, ele declarou ter sido criticado pela própria comunidade LGBTQIAP+.
Antes de falar sobre o assunto, ele pontuou que, como artista, ele não quer essa imagem de “principezinho” e “galã”. “Eu só não quero ficar preso, eu nunca quis ficar rotulado com isso”, declarou. Foi então que o ator falou sobre como se sentiu agredido pela comunidade LGBTQIAP+. “Tinha uma galera LGBT que também me criticava muito, porque sempre falaram: ‘Que você nunca lutou pela causa’. Isso é uma p*ta de uma injustiça, porque eu, inclusive, já falei que sou uma das letrinhas”, começou o artista.
Gianecchini continuou dizendo que já se assumiu pansexual e ele sequer pretende continuar falando disso, porque acha que já está até chato ficar falando sobre o tema. “Tem uma galera dentro da comunidade LGBT que não acolhe, né. Isso é uma coisa que eu tenho falado. A comunidade quer acolhimento, quer respeito e tem uma parcela dela, que dentro delas, elas não acolhem, não respeitam. Eu me senti bastante agredido até”, contou o ator, que completou dizendo que foi estrear como drag no teatro com uma grande torcida contra.