SP

Victor Bonato: influencer evangélico acusado de estuprar fiéis deixa a prisão

Líder religioso não poderá se aproximar das vítimas

Paulo Henrique Lima
Repórter

Victor Bonato, de 27 anos, acusado de estuprar três fiéis do movimento Galpão, em Alphaville, em Barueri (SP), deixou a prisão na noite desta quinta-feira (16). O juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal da Comarca Barueri, concedeu liberdade para o influenciador digital e líder evangélico após 56 dias preso. A decisão causou revolta de quem acompanhava os desdobramentos do polêmico caso.

Na decisão, o magistrado diz que trechos dos depoimentos das denunciantes indicam inconsistências, o traria a possibilidade de que as relações terem sido consensuais. “É evidente que a declaração de uma reforça a da outra, mas há detalhes na declaração de uma que não se harmoniza com a declaração de outra. Há também detalhes da declaração delas que não se mostram consistentes para sustentar um processo judicial, mesmo depois de concluída a investigação”.

Victor Bonato vai responder o processo em liberdade. No entanto, a Justiça de São Paulo determinou que ele mantenha distância das fiéis que o acusaram de estupro. Novos depoimentos serão colhidos e anexados ao processo. “Há muitas dúvidas a serem apuradas, mas nada impede que o sejam durante a tramitação do processo. As outras acusações, com ou sem data definida, estão extremamente frágeis neste momento”.

O influenciador evangélico acusado de violência sexual foi recebido por familiares ao deixar a prisão visivelmente emocionado. Defendido por duas advogadas mulheres, Graciele Queiroz e Samara Batista, ele garante ser inocente. As defensoras também acreditam no líder religioso e afirmam que a decisão da Justiça só mostra que ele não cometeu nenhum crime.

Victor Bonato é acusado por três fiéis do movimento Galpão, de Alphaville, de estupro. Ele foi preso em Cesário Lange, no interior de São Paulo, após medida do Ministério Público e da Polícia Civil. Após a prisão, o influenciador foi afastado do Galpão, que afirmou que não compactua com o comportamento do religioso. Em uma live feita antes da chegada da polícia, ele pediu perdão para as vítimas. “Eu quero pedir perdão às meninas com quem eu falhei, que eu defraudei, que eu magoei e com quem eu não tive atitude de homem”.