"Atenção!"

Rio Grande do Sul foi alertado sobre desastre uma semana antes da 1ª morte

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais já havia alertado sobre a alta das chuvas e falta de estrutura no RS

Renzo Sagratzki
Repórter do EM OFF

O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, havia alertado sobre a gravidade do aumento das chuvas e previsão de desastre no Estado desde o dia 30 de abril, uma semana antes de ocorrer a primeira morte no Rio Grande do Sul.

O órgão também publicou uma nota técnica no dia 5 de maio, divulgando a falta de infraestrutura da cidade e a frágil gestão de Porto Alegre quanto as estruturas hidráulicas, como comportas e bombas de sucção, que tem como finalidade impedir o avanço do lago do Guaíba, ponto forte causador de alagamentos na região.

Ainda segundo a Cemaden, toda a estrutura deveria ser revista, já que não comportava o alto volume das águas previstas. O tempo de espera era mínimo para o problema ser resolvido, o alerta estava dado para tomarem as precauções cabíveis e evitar o maior dano para a população gaúcha. Porém, hoje, as chuvas já deixam 143 mortos e cerca de 131 desaparecidos.

A nota prevê “Mudanças na circulação atmosférica associadas ao fenômeno El Niño que ainda está agindo sobre o Brasil contribuíram para a estacionaridade das frentes frias e consequentes altos volumes de chuva no Estado (…) A média climatológica de chuvas para o mês de maio é aproximadamente 150 mm (…) A previsão para os próximos dias é de recuo das áreas precipitantes mais para o Sul do estado do Rio Grande do Sul”.

E faz seu alerta ao Estado: “Os níveis dos rios na parte baixa da bacia do Taquari ainda se encontram altos. Atenção deve ser dada aos munícipios situados na Lagoa dos Patos, devido ao deflúvio proveniente do Lago Guaíba para a Lagoa dos Patos, que aumenta o nível do Lago podendo causar alagamentos e inuncações nos rios e afluentes (…) Os acumulados observados nas últimas 120 horas superam os 400 mm em diversos pontos, o que demanda ainda especial atenção, especialmente na região serrana e na área metropolitana de Porto Alegre.”

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