A jornalista Natuza Nery contou como foi para conseguir entrevista com a primeira-dama e socióloga Janja Silva e com o presidente Lula, que até então não haviam sido entrevistada por ninguém. As exclusividades foram bastante comentadas pelos telespectadores, pois a esposa do presidente abriu o Palácio da Alvorada para mostrar como o ex-presidente Jair Bolsonaro havia deixado a residência, com obras de arte deterioradas, patrimônios com má estado de conservação e afins.
Natuza revelou como entrou em contato com a socióloga para ter acesso a informações privilegiadas e como conheceu o casal. A jornalista disse que a primeira dama ela conheceu nos bastidores dos debates da eleição dos presidenciáveis na Globo e que na ocasião Janja disse acompanhar o trabalho da jornalista no programa em que ela apresentava.
Nisso, Natuza viu aí uma oportunidade para tentar conversar com pediu o número da esposa de Lula, que a priori resisitiu. Mas que apesar da resposta de Janja, não desistiu. “Sempre que podia, pedia um café. Pedir café, para um jornalista, é a oportunidade de bater um papo com a fonte, em on ou em off”, declarou
Depois que Lula foi eleito, durante a transição de governo, Natuza conheceu a assessora mais próxima da primeira dama e perguntou da novamente sobre a conversa com ela e não recebeu nem uma resposta nem positiva nem negativa. Ao Splash da Uol, disse: “E eu fui fazendo um trabalho de formiguinha. Toda semana falava com alguém e insistia na entrevista, mas de forma tranquila, sem pressionar muito para não criar o efeito inverso.”
Finalmente em janeiro, conseguiu uma entrevista exclusiva com Janja e durante o encontro enfatizou que também queria ter a mesma oportunidade com o presidente. “Portanto, entrevistas como essas não caem do céu. Exigem convencimento e persistência” disse a jornalista. Depois do encontro, recebeu a informação de que Lula havia topado e que falaria comigo dali a dois dias.
Por fim, Natuza Nery ressaltou as diferenças de tratamento a imprensa do governo Bolsonaro e do governo atual, em que o presidente Lula demonstrou estar aberto ao diálogo e ser perguntado sobre temas que não foram previamente avisados. “A entrevista com Lula já é uma mostra de que o tratamento à imprensa é diferente. Ele topou se submeter a perguntas que ele não sabia quais seriam”, declarou.