A confusão generalizada que tomou do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados no final da tarde de ontem, 05, após sessão em que o deputado federal André Janones (Avante-MG) conseguiu o arquivamento de denúncia que poderia levá-lo à cassação do mandato, envolveu inúmeros parlamentares de campos políticos opostos e segue repercutindo quanto ao comportamento e às agressões trocadas entre eles, principalmente no embate com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
A discussão mais acalorada ocorrida nesse episódio teve como protagonistas os deputados André Janones e Nikolas Ferreira. Posicionados bem próximos nos assentos do Conselho de Ética, os dois parlamentares passaram a sessão inteira cochichando e trocando ofensas. Às vezes colocando a mão à frente da boca, para que os demais não ouvissem o conteúdo dirigido um ao outro, mas também com trocas de ofensas às claras.
Em determinado momento Nikolas Ferreira provoca Janones. “Você não aguenta, Janones. Você é fraquinho demais na rede social. Você tem 10% dos meus votos. Cala a boca. Tá muito longe de votos”. Ao que Janones rebate. “Vai perder de novo. Vou eleger Lula de novo em 2026. Você tá treinando para cair na hora da eleição. Você já entrou no Palácio? Perdeu e vai perder de novo. Eu vou eleger o Lula de novo em 2026. Vou eleger o Lula em 2026”.
Após o final da sessão, quando o Conselho de Ética decidiu pelo arquivamento da denúncia contra Janones vários deputados partiram para cima dele chamando-o de covarde e de rachador, entre eles Nikolas Ferreira. Nesse momento teve início uma gritaria e empurra, empurra, quando Nikolas chegou a chamar Janones pra briga: “Bate aqui em mim. Bate. Bate. Vamos lá fora, vamos lá fora”.
Já nos corredores da Câmara dos Deputados a confusão continuou entre Janones e Nikolas Ferreira, com troca de xingamentos e ameaças de agressão, tanto que ambos precisaram ser contidos e por pouco não se agrediram fisicamente. Após esse momento, Janones é retirado por assessores e Nikolas segue para o outro lado, cabisbaixo, balançando a cabeça parecendo chorar, com a respiração ofegante e dizendo: “Sem noção, sem noção”.