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Esses são os remédios que você jamais deve misturar com bebida alcoólica; pode ser fatal

Um momento de descontração com uma bebida alcoólica pode parecer inofensivo, mas é necessário cuidado ao misturar com certos medicamentos

Hanna Carvalho
Repórter do EM OFF

Aquele chopp gelado ou uma taça de champanhe, até mesmo um bom vinho para brindar podem parecer inofensivos. No entanto, na interação com certos medicamentos essas bebidas alcoólicas podem trazer alguns efeitos colaterais nada agradáveis ao corpo. Esses problemas começam desde o medicamento não tendo a eficácia que deveria, podendo levar a pessoa a uma overdose que pode ser fatal.

O ciclo de um remédio em nosso organismo tem passagem pelo estômago e depois o fígado, local do corpo onde o medicamento é metabolizado e decomposto antes de ir à corrente sanguínea. O álcool da bebida alcoólica também é decomposto pelo fígado, e isso pode afetar o quanto do fármaco é metabolizado. Alguns deles são mais metabolizados que outros, podendo não chegar à corrente sanguínea na quantidade que deveria para manter sua eficácia.

Em outros casos, o remédio é menos metabolizado, podendo chegar à corrente sanguínea uma dose muito superior à que se esperava, o que pode causar uma overdose. Para que a pessoa tenha ou não uma interação medicamentosa, existem alguns fatores que interferem, como o medicamento que está sendo tomado, a dose ingerida, a quantidade de álcool que foi consumida, a genética, a idade, o sexo e como se encontra a saúde do indivíduo.

Medicamentos não se dão bem com álcool

  • Medicamentos + álcool = sonolência, coma, morte

O uso de bebida alcoólica enquanto se toma medicamentos que deprimem o sistema nervoso central para diminuir a estimulação e agitação pode ocasionar efeitos cumulativos. Essa combinação pode deixar a pessoa com mais sono e reduzir a respiração e batimentos cardíacos. Em casos mais graves a pessoa pode entrar em um estado de coma e até mesmo morrer. Esses casos extremos são mais prováveis com o uso de mais de um remédio desse tipo.

Podem ter esse tipo de efeito, quando na interação com o álcool, medicamentos como aqueles que tratam a depressão, esquizofrenia, ansiedade, dor (exceto paracetamol), alergias, gripes, resfriados e distúrbios do sono, como insônia. Nesses casos, o mais aconselhado é que não se consuma álcool ou que se reduza ao mínimo a ingestão de bebidas alcoólicas.

  • Medicamentos + álcool = mais efeitos

Outro medicamento que também não deve interagir com bebida alcoólica é o zolpidemm, medicamento para dormir. Dentre os efeitos colaterais graves dessa mistura estão a presença de comportamentos estranhos durante o sono, como comer, dirigir ou caminhar enquanto se está dormindo.

  • Medicamentos + cerveja artesanal ou caseira = pressão alta

Existe ainda o caso dos medicamentos que só têm efeitos colaterais na interação com alguns tipos de bebidas alcoólicas. É o caso de alguns medicamentos para depressão como tranilcipromina, fenelzina e moclobemida. Há ainda o antibiótico linezolido, o remédio contra o câncer procarbazina e o medicamento contra o Parkinson selegilina. Existem efeitos colaterais quando a interação é com alguns tipos de cerveja artesanal, cervejas belgas, coreanas, europeias e africanas, cervejas com sedimentos visíveis e cervejas e vinhos caseiros.

  • Medicamentos + álcool = efeitos mesmo depois de parar de tomar

Existe ainda o caso dos remédios que mesmo depois de interrompido o tratamento podem ter efeitos colaterais quando a pessoa ingere bebida alcoólica. Um exemplo é o metronidazol, em que o consumo de álcool deve ser evitado não só durante o uso do medicamento, como também por pelo menos 24 horas após parar de tomá-lo.